29.8.06

 

Talo líquido lado alado
luta ruína talude e tal
Rosa de Lusbel toca a
touta de Satã e parte
em luto profundo.

 

PLANETA DOS MACACOS

Surfando à toa pela rede, deparei-me com esse belo texto e essa bela foto postados por Amanda Posselt no flickr.com

"Há bilhões de galáxias no universo observável.E cada uma delas contém centenas de bilhões de estrelas.Em uma dessas galáxias, orbitando uma dessas estrelas, há um pequeno planeta azul. E este planeta é governado por um bando de macacos.Mas esses macacos não pensam em si mesmos como macacos.Eles nem sequer pensam em si mesmos como animais.De fato, eles adoram listar todas as coisas que eles pensam separá-los dos animais: polegares opositores, autoconsciência. Eles usam palavras como "Homo Erectus" e "Australopithecus".Você diz to-ma-te, eu digo to-ma-ti. Eles são animais, certo? Eles são macacos.Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade, mas ainda assim são macacos.Quero dizer, eles são espertos. Você tem que admitir isso. As pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China... Isso tudo é muito impressionante para um bando de macacos.Macacos cujos cérebros evoluíram para um tamanho tão ingovernável que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes. Todos os outros animais podem simplesmente ser.Mas não é tão simples, para os macacos. Pois os macacos são amaldiçoados com a consciência, e assim, os macacos têm medo. Os macacos se preocupam. Os macacos se preocupam com tudo! Acima de tudo com o que todos os outros macacos pensam. Porque os macacos querem desesperadamente se encaixar com os outros macacos. O que é bem difícil, porque a maior parte dos macacos se odeia. Isto é o que realmente os separa dos outros animais. Estes macacos odeiam. Eles odeiam macacos que são diferentes, macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes...Sabe, os macacos se sentem sozinhos. TODOS OS SEIS BILHÕES DELES!Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas.Os macacos querem respostas.Os macacos sabem que vão morrer, então os macacos criam deuses. E os adoram.Então os macacos começam a discutir quem fez o deus melhor. E os macacos ficam irritados. E é quando geralmente os macacos decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros. Então os macacos fazem guerra. Os macacos fazem bombas de hidrogênio. Os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir.Os macacos não sabem o que fazer!Alguns dos macacos tocam para uma multidão vendida de outros macacos. Os macacos fazem troféus, e então, eles os dão para si mesmos. Como se isto significasse algo.Alguns dos macacos acham que sabem tudo.Alguns dos macacos lêem Nietzsche. Os macacos discutem Nietzsche. Sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche era só outro macaco.Os macacos fazem planos, os macacos se apaixonam, os macacos fazem sexo. E então fazem mais macacos.Os macacos fazem música, e então os macacos dançam. Dancem, macacos, dancem!Os macacos fazem muito barulho.Os macacos têm tanto potencial. Se eles pelo menos se dedicassem...Os macacos raspam o pêlo de seus corpos numa ostensiva negação de sua verdadeira natureza de macaco.Os macacos constroem gigantes colméias de macacos que eles chamam de "cidades".Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias na terra.Os macacos estão ficando sem petróleo, que alimenta sua precária civilização.Os macacos estão poluindo e saqueando o seu planeta como se não houvesse amanhã.Os macacos gostam de fingir que está tudo bem!Alguns dos macacos realmente acreditam que o universo inteiro foi feito para seu benefício.Como você pode ver, esses são uns macacos atrapalhados.Estes macacos são, ao mesmo tempo, as mais feias e mais belas criaturas do planeta.E os macacos não querem ser macacos. Eles querem ser outra coisa.Mas não são."
“Dance, Monkeys, Dance”
Ernest Cline

26.8.06

 

FOTOS DE JULIANO PINHO - O MENINO É TALENTOSO



25.8.06

 

Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF favorável à descriminalização do consumo de drogas

Porte de drogas é 1º crime só com pena alternativa
Lei sancionada pelo presidente anteontem descarta a prisão para pessoas que forem pegas com entorpecente para consumo próprio
Laura Diniz
O porte de drogas para consumo próprio é o primeiro crime previsto na legislação brasileira punido exclusivamente com pena alternativa, como prestação de serviço à comunidade. A constatação foi feita por especialistas em Direito Penal ouvidos pelo Estado sobre a lei sancionada anteontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito de tráfico e uso de entorpecentes. Publicada ontem no Diário Oficial da União, a lei entra em vigor daqui a 45 dias.Até 1984, os crimes eram punidos só com prisão e as contravenções penais (infrações menos graves), com prisão e multa, ou apenas multa em alguns casos. A partir de 1984, quando foram criadas as penas alternativas - chamadas de restritivas de direitos -, elas eram aplicadas em substituição à prisão, quando o crime não era grave.O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), considerou a mudança um avanço. "Um crime punido apenas com pena restritiva de direitos é um passo importante para começar a mudar a cultura de aprisionamento."O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), também satisfeito com as novas regras, vai além. "A lei consagra um modelo de transição que abandona a punição criminal do usuário e se desenvolve no sentido de, talvez, no futuro, dispensar a ele outras medidas que não a punição de natureza penal." Favorável à descriminalização do consumo de drogas, ele disse que o "usuário deve merecer proteção e amparo do Estado para a sua reabilitação e reinserção social".Importante do ponto de vista simbólico, a alteração crava na lei o que já acontecia na prática: os usuários já não iam para a cadeia há muito tempo. Como porte de droga já era crime de menor potencial ofensivo, se o acusado se comprometesse a prestar serviços à comunidade, nem era processado. Na capital, essas negociações judiciais para trocar prisão por pena alternativa já são de costume e até acontecem em grupo.Outro ponto alto da lei, na visão dos especialistas, é a graduação dos crimes, ou seja, criação de condutas penais "intermediárias", que não são punidas de forma tão grave quanto o tráfico, nem tão brandas quanto o uso. "Essa lei resolveu um problema da jurisprudência quanto à roda de fumo", explicou o juiz aposentado Walter Maierovitch, sobre a divisão de um cigarro de maconha por várias pessoas. O participante de uma roda dessas era enquadrado no tráfico - crime hediondo, com pena de 3 a 15 anos em regime fechado - ou como usuário - que podia prestar serviços à comunidade e nem ser processado por isso. Agora, será punido com pena de detenção de 6 meses a 1 ano e pagamento de multa - o que pode virar pena alternativa.Outra figura nova se ajusta ao caso do sujeito que não faz tráfico, mas incentiva um amigo a usar droga. Antes punido como traficante, agora será apenado com detenção de 1 a três anos e multa.Segundo o professor de Direito Penal Arnaldo Hossepian Jr., integrante do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), outro mérito da lei é a possibilidade de diminuir a pena do pequeno traficante. "A lei diz que, se o réu for primário, tiver bons antecedentes e não pertencer a organização criminosa, pode ter a pena reduzida de um sexto a dois terços."O aumento da pena dos traficantes também foi motivo de elogio para Mello - "reflete um consenso da comunidade internacional, que reclama tratamento mais severo do Estado com esse tipo de crime" - e para Maierovitch - "estamos na direção certa, de acordo com o Direito Penal moderno".A crítica ficou por conta do vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Sérgio Mazina. "Esse aumento de pena é lastimável. Ficar mandando gente para a prisão não resolve."

 

Nova lei traz mais rigor para tráfico e menos para usuário

Nova legislação sancionada ontem aumenta punição a traficantes e permite penas alternativas para usuário

Vannildo Mendes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem nova lei que torna mais rigorosa a pena para traficantes, tipifica o crime de financiador do tráfico e estabelece penas alternativas para o usuário, em vez da prisão. Para quem transportar, vender ou produzir drogas, a pena de reclusão passa a ser de 5 a 15 anos, além de multa de R$ 500 a R$ 1.500 por dia. Antes, a punição mínima para o traficante era de três anos de cadeia.A distinção entre traficante e usuário fica a critério do juiz. Isso significa que, num primeiro momento, uma pessoa flagrada com drogas pode ser presa, mas o juiz é que decidirá se ela permanecerá na cadeia ou se terá a alternativa de ser punida com a obrigatoriedade de, por exemplo, prestar serviços à sociedade. O magistrado formará sua convicção com base em depoimentos de testemunhas e documentos que comprovem, por exemplo, que a pessoa não vive de lucro de venda de drogas e sim do exercício normal e rotineiro de uma profissão.Entre seus principais pontos, a nova lei, que teve origem no Senado, apresenta em capítulos separados os dispositivos relativos a traficantes e a usuários e dependentes de drogas. Apesar dessa distinção, o porte continue sendo tratado, em princípio, como crime. Uma vez caracterizado a situação de dependente ou simples usuário do portador, ele não ficará mais sujeito à pena restritiva de liberdade, mas, a medidas socioeducativas aplicadas pelos juizados especiais criminais.A nova lei não descriminaliza qualquer tipo de droga nem abranda punições. Mas eleva a punição quando se trata de capitalista do tráfico, cuja pena vai de 8 a 20 anos de prisão.Segundo a Secretaria Nacional Anti-Drogas (Senad), que avalizou a medida, a nova lei coloca o Brasil em destaque no cenário internacional nos aspectos relativos à prevenção, atenção e reinserção social do usuário e dependente de drogas. Ao mesmo tempo, endurece as penas pelo tráfico de entorpecentes.Em relação ao usuário, a lei prevê que quem adquirir, transportar, guardar ou for flagrado com drogas para consumo pessoal será advertido sobre seus efeitos e terá de prestar serviços à comunidade. Se não cumprir a determinação, o juiz pode determinar a prisão por um período de 6 meses a 2 anos. Hoje a lei não prevê penas alternativas para os usuários.A nova lei cria o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). Prevê que as redes de saúde de União, Estados e municípios desenvolvam programas de atenção ao usuário e ao dependente.Para o advogado criminal Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, o fato de a lei estabelecer penas alternativas para o usuário, em vez da prisão, é um grande avanço. " O usuário não é um criminoso, ele precisa de tratamento. Antes os usuários eram misturados com presos de alta periculosidade e saíam da prisão piores do que entravam". Já Alberto Zacharias Toron, advogado e professor de Direito Penal da PUC-SP, entende que a tipificação era desnecessária. Com relação às penas alternativas para o usuário, Toron se disse "totalmente favorável."

24.8.06

 

ECONOMIA BRASILEIRA

Estes são os indicadores da economia brasileira entre 2002 e 2007
Avaliem e comparem antes de votar.

Clique sobre a tabela para vê-la maior.




23.8.06

 

Para minha correspondente alemã, Solange Ayres, recorrer em suas horas de angústia ante as indecisões às quais as vicissitudes da vida nos levam



Isso ainda vai dar meldorf!!!

O nome da cidade não poderia ser mais sugestivo.

 

...e assim disse o ego para o alter...

Minhas virtudes, se existem, são infinitamente menores que os defeitos. Por isso, detenha-se naquelas e releve estes. Para tanto, diante de meu cansaço físico e mental, após a maravilha que foi esse final de semana, faço minhas as palavras que consegui lembrar de alguns gênios do nosso tempo.


“Estraguei a minha vida, estraguei-a estupidamente. (...)
foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo Ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens.” (Graciliano Ramos)


“que a minha dor nem a um amigo inspire dó...
Mas, ah! Que eu fique só contigo, contigo só!” (Olavo Bilac)



“­- que mais queres tu, sublime idiota?
- viver contigo* somente, não te peço mais nada.” (Machado de Assis)

*acrescento.
Uma outra ocasião escrevo eu mesmo. Por enquanto meus porta vozes, que não são dos piores, estão se saindo bem. Eu te amo. Muitos beijos também.

 

A propósito da não realização do Cante&Conte e do Manifesto da sua direção.


Galera, leva a mal não, mas esse fato ocorrido é o verdadeiro renascer para o Cante&Conte, que, não obstante o compromisso histórico traído pelo poder público de colaborar maciçamente, não pode e não deve depender dele.
Tem que aprender a andar sozinho para que não aconteça esse tipo de coisa.
A bem da verdade, não foi só a ausência da verba da prefeitura que impediu a realização do evento.
Para quem não sabe, esse ano o Cante&Conte conseguiu o direito de captar parte dos R$ 34 milhões disponibilizados pela Secretaria da Cultura do Estado tendo seu projeto aprovado para uso da lei de incentivo junto à mesma.
Faltou-lhe competência, entretanto, na captação.
Não se conseguiu um centavo sequer.
Tá na hora de cortar o cordão umbilical e caminhar sozinho.
Desperdiçou-se uma grande oportunidade esse ano, pois o mais difícil fora conquistado, a aprovação do projeto para captação de parte da verba.
Na hora de captar....não se tem notícia.
Creio que uma renovação na direção do Cante&Conte se faz urgente para que não percamos o bonde da modernidade.
É hora de renovação.
Sangue novo que tenha mentalidade autonomista.
Ficar amarrado e, portanto, na dependência perigosa de verba pública para a realização cultural, além de ultrapassado, é prejudicial à autonomia decisória da direção.
Ou vocês pensam que os políticos fazem algo por puro amor à cultura?
Se observarmos os patrocinadores de eventos correlatos, veremos que já não estão entre eles os governos.
É tudo empresa privada através da lei de incentivo.

 

A CRIATURA E A FACA


 

A CRIATURA EM AÇÃO


3.8.06

 

Esclarecimento da direção da Associação Cante&Conte de Baependi sobre a não realização de sua 26ª edição.

A Associação Cante & Conte que sempre teve compromisso com a cultura, o turismo, os artistas e a população da nossa região, se viu obrigada a cancelar o Festival desse ano, quando completava vinte seis anos de atividades.Diante desse fato, vimos a público prestar o devido ESCLARECIMENTO sobre os motivos que nos levaram a cancelar nosso evento.Como é de conhecimento de todos, o Festival Cante & Conte sempre dependeu da verba e apoio da Prefeitura para sua realização. Verba essa que vem sendo aprovada há vários anos pela Câmara Municipal, uma vez que o Festival tem o título de Utilidade Pública do Município de Baependi. Sendo assim, logo no início de fevereiro desse ano, membros da Diretoria da Associação Cante & Conte, em reunião com o Prefeito Cláudio Augusto de Carvalho Rollo, acertou a realização do Festival de 2006. Essa reunião resultou no ofício de 15 de fevereiro de 2006, enviado ao Sr. Prefeito, onde constava o investimento da Prefeitura e parcelamento dos desembolsos financeiros para abril, maio e junho, totalizando o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), anteriormente aprovados pela Câmara Municipal de Baependi.Entretanto, a medida em que o tempo passava e tais desembolsos não aconteciam como combinado, por diversas vezes os responsáveis pelo Festival procuraram o Prefeito alertando-o sobre a urgência dos desembolsos financeiros para darem início à organização do evento.Lamentavelmente, já em julho, na data limite, o Presidente da Associação Cante & Conte foi informado pelo assessor do Prefeito, o Sr. Wagner Rollo que a Prefeitura não poderia repassar a verba para a realização do Festival. Verba essa, repetimos, aprovada pela Câmara e posteriormente acordada com o Prefeito.Diante dessa situação, lamentavelmente, a diretoria se viu obrigada a cancelar o 26º Festiva Cante & Conte que já faz parte do calendário cultural da região e, indiscutivelmente importante para a economia de nossa cidade.Baependi, julho de 2006 - Associação Cante & Conte

 

VOLTAMOS

Estivemos ausentes por um período, mas a causa foi mais que justa.
Voltemos à atividade.
Valeu.

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