30.6.06

 

 

Clique aqui para ver INVERSÃO DE VALORES

Nada mais triste e apropriado para tempos de Copa do Mundo.

 

Adiós, hermanitos


 

Novo formato do Festival da Canção de Boa Esperança

Não é mais Festival da Canção de Boa Esperança e sim Festival Nacional da Canção.
Abertas inscrições para a fase nacional do Festival da Canção, no Sul de Minas
(Patrícia Rennó/Estado de Minas)
Tudo pronto para o início da etapa nacional do 36º Festival Nacional da Canção (Fenac), no Sul de Minas. O novo formato do evento promete aos vencedores uma premiação de R$123 mil. A última fase local do Fenac será nesta sexta-feira à noite, no Alfenas Tênis Clube, em Alfenas, e promete reunir mais de 1,5 mil pessoas. A disputa nacional começa em Poços de Caldas, em 5 de agosto, com shows de artistas consagrados da música popular brasileira.Haverá apresentação de Adriana Calcanhoto em Poços de Caldas e Varginha (12/8), e em Formiga (26/8), de Almir Sater. Em Alfenas (2/9), se apresenta Nando Reis e, em Boa Esperança (7 e 8/9), Zélia Ducan e Renato Teixeira. As inscrições para a etapa nacional já estão abertas e podem ser feitas até 20 de julho.Podem participar compositores, instrumentistas e intérpretes de todo o Brasil e também do exterior, desde que apresentem as músicas em português. Cada participante poderá inscrever quantas músicas desejar e elas devem ser gravadas em CD ou fita cassete, com voz e acompanhamento. Só serão aceitas composições inéditas e originais, tanto na música quanto na letra.Com o último evento local, as 10 músicas selecionadas participarão da fase nacional, na qual serão apresentadas 15 músicas, nos municípios participantes. As três melhores vão ser reapresentadas em 8 de setembro, em Boa Esperança, onde serão escolhidas as 10 finalistas, que vão disputar o Troféu Lamartine Babo, em 9 de setembro, na mesma cidade.Além das apresentações dos inscritos haverá um concurso paralelo, que premiará os melhores artistas, nas áreas de música e dança, selecionados durante a fase local. Serão nove apresentações de intérpretes musicais e de três grupos de dança. Os ganhadores receberão prêmios em dinheiro.O festival é promovido ininterruptamente desde 1971 e tem como objetivo revelar e divulgar o talento e a criatividade de compositores, instrumentistas e intérpretes da música popular brasileira. O formulário de inscrição pode ser obtido no site www.festivaldacancao.com.br. Informações pelo telefone (35) 3221-1020.

 

Lançamento de esgoto sem tratamento polui maior lagoa salgada do mundo

MARIO HUGO MONKENda Folha de S.Paulo, no Rio
Maior complexo lagunar de água salgada do mundo e um dos pólos turísticos do litoral fluminense, a lagoa de Araruama (Região dos Lagos) está no CTI, dizem ambientalistas. A lagoa recebe entre 800 e 1.000 litros de esgoto por segundo, mas só 50% são tratados. Com isso, cai a qualidade da água, antes azul e cristalina, hoje escura e com mau cheiro.A água da lagoa tem levado quase um ano para se renovar com a do mar, o que causa o desaparecimento de peixes e de outras espécies aquáticas.Para piorar, a ocupação desordenada intensifica o assoreamento do fundo da lagoa, que passou a correr risco de, daqui a algumas décadas, ser dividida em outras sete.Com 220 km2 de extensão, a lagoa de Araruama banha seis cidades: Araruama, Saquarema, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo e Cabo Frio. Vivem na área 300 mil pessoas, montante que, no verão, triplica com o turismo.Um dos principais defensores da lagoa, Arnaldo Villa Nova, 62, presidente da ONG Viva Lagoa, disse que a situação era ainda pior no ano passado, quando nada do esgoto despejado na lagoa era tratado.Segundo ele, só em 2005 as duas empresas privadas responsáveis pelo abastecimento de água e saneamento da região --a Prolagos e a Águas de Juturnaíba-- colocaram em funcionamento três estações de tratamento de esgoto, apesar de operarem desde 1998.Quando o serviço foi privatizado, as duas empresas aumentaram o abastecimento de água nos municípios, o que provocou crescimento na produção de esgoto em quase três vezes.A ampliação do sistema não foi acompanhada de medidas de proteção ambiental, já que, pelos contratos, as firmas só teriam a obrigação de construir estações de tratamento a partir de 2025. A lagoa entrou em acelerado processo de degradação, que só começou a ser minimizado com a construção das estações de tratamento.Valas negrasPelo menos 150 manilhas ou valas jogam esgoto sem tratamento na lagoa, formando as línguas negras nas praias. Antes de 2000, diz o ambientalista, as águas da lagoa eram azuis, cristalinas e tinham visibilidade de até seis metros no fundo.A falta de oxigenação é um dos fatores mais preocupantes. Com o assoreamento do canal de Itajuru, em Cabo Frio, única ligação entre a lagoa e o oceano Atlântico, a água demora quase um ano para ser renovada.E o problema está longe de ser resolvido. Em 2003, foi instalada no canal uma draga para retirar detritos. Entretanto, segundo Villa Nova, o trabalho é sempre interrompido por falta de recursos. Hoje está parado.Uma das conseqüências da falta de renovação da água é o desaparecimento de espécies na lagoa, o que prejudica a pesca. Os camarões, por exemplo, não apareciam na lagoa havia 20 anos. No ano passado, com o pouco da dragagem que foi feita no canal, houve uma retomada, mas muito inferior ao passado."Antigamente, pescávamos por mês de 4.000 a 5.000 toneladas de camarão por mês. No ano passado, conseguimos de 30 kg a 40 kg. Hoje, só dá tainha", declarou o pescador Paulo Roberto de Souza, 52.Espécies tradicionais em outras épocas raramente são achadas. Por causa da decadência, muitos pescadores abandonaram o barco e tentam a vida na construção civil, coleta de lixo ou transporte alternativo.Outro problema citado pelos ambientalistas é que, apesar de conseguir tratar o esgoto, as estações de tratamento seguem atirando alta quantidade de nitrogênio e fósforo, o que favorece a proliferação de algas.InvasõesA vida na lagoa também está sendo comprometida por invasões e ocupação desordenada na região da APA (área de proteção ambiental) em Praia Seca, distrito de Araruama.Sem fiscalização, casas e barracos são erguidos exatamente no manguezal da lagoa e destruíram parte da vegetação que servia como cinturão para evitar a entrada de sedimentos e areia das dunas na água.Sem a proteção, aumenta a formação de bancos de areia. Se isso continuar, afirmam os ambientalistas, a lagoa poderá se dividir em várias partes.

29.6.06

 

Clique aqui e veja George Bush cantando rap sobre luta contra terrorismo

Um vídeo disponível na internet mostra uma montagem com George W. Bush em trajes pouco comuns para o presidente dos Estados Unidos. De regata, colar e anel dourado no dedo mindinho, o político canta em inglês um rap sobre a luta contra os terroristas. Clique aqui para ver a montagem. O rap tem o ritmo de "P.I.M.P.", de 50 Cent --mesmo sem saber qual é, as chances de já tê-la ouvido são grandes. Enquanto vê o "show", o internauta pode acompanhar o movimento de uma cabeça animada (a de Bush, é claro) que pula sobre a letra da música. Na animação não faltam personagens como Saddam Hussein, Osama bin Laden e a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice. Sempre de sorriso nos lábios, que se mexem como na série "South Park", Bush se movimenta como um verdadeiro rapper. Na letra, Bush assume que os terroristas reclamam dele para Allah [Deus, em árabe], e que ele conseguirá "esmagar" os insurgentes. O político afirma que Jesus quer as coisas desse jeito e não há nada que possa detê-lo. "Veja só o Iraque. Já disse que os libertei? Vocês todos podem me agradecer por isso", diz um trecho da música. Como em muitas canções nesse ritmo, essa contém palavras de baixo calão --elas não são ditas na música, mas aparecem na letra disponível no site.

 

Muito boa análise sobre o pedido de desculpas da Globo ao Parreira.

29.06.2006 O pedido de desculpas a Parreira pelo quadro de leitura labial no "Fantástico" foi um dos maiores tiros no pé da história da TV Globo. Apesar de parecer um fato isolado e sem maiores significados, a atitude da emissora foi, na verdade, bastante reveladora. O episódio serviu para reforçar uma incômoda imagem que acompanha a Globo desde sua criação: a de uma emissora incapaz de bater de frente com o poder. Em geral, isso significa qualquer tipo de governo. Nesse caso específico, a CBF (o grande poder nacional em época de Copa do Mundo).Em toda essa história, a única nota dissonante foi o pedido de desculpas da Globo. O quadro da leitura labial por jovens surdos é a melhor novidade da cobertura da Copa do Mundo, um procedimento simples, divertido e informativo, que consegue revelar muito mais sobre a personalidade de seus personagens do que as reportagens tradicionais. A irritação de Parreira com o quadro é aceitável, embora o argumento de invasão de privacidade seja, no mínimo, discutível - pois ele é uma figura pública, em espaço público, consciente da exibição de sua imagem para centenas de milhões de espectadores no mundo todo. Mas, se o técnico se sentiu incomodado, ele tem todo direito de expressar sua opinião (apesar de, pessoalmente, acreditar que seus palavrões tenham ajudado a melhorar sua imagem junto aos torcedores, que nunca gostaram muito de seus modos polidos e de suas análises cerebrais do futebol).Agora o pedido de desculpas da Globo – feito ao vivo por Fátima Bernardes no "Jornal Nacional" - é inaceitável. Se a emissora tinha qualquer dúvida ética sobre o quadro, não deveria colocá-lo no ar. Depois de exibi-lo, o compromisso da Globo deve ser com os jornalistas que bolaram o quadro, não com Parreira. Não é à toa que Luiz Nascimento, editor do "Fantástico", tenha ficado indignado com o pedido de desculpas e, segundo o colega Guilherme Fiuza, tenha também pedido demissão de seu cargo – informação depois negada pela Globo (leia a nota aqui).Retratações públicas são para casos de informação errada, de desrespeito à lei, de prejuízo inafiançável a terceiros etc. Não houve nada disso no caso a leitura labial. A Globo teria mil motivos para se desculpar na Copa: o ufanismo de Galvão Bueno, as reportagens sobre tiroleses e salsichões, a escalação errada do jogo contra o Japão. Mas a emissora foi pedir perdão pela única coisa da qual deveria se orgulhar em sua cobertura.O episódio deixa claro que a informação é um produto negociável na Globo. Para ter acesso exclusivo à seleção, a emissora não pode desagradar a CBF e seus comandados. Já a entidade dirigida por Ricardo Teixeira abre as portas do time para a emissora e tem a certeza de uma cobertura favorável. A tática do "uma mão lava a outra" pode ser uma vergonha. Mas está longe de ser uma novidade. É a mesma que a Globo sempre adotou com o poder político, da ditadura militar ao governo Lula. Calil@nominimo.ibest.com.br

28.6.06

 

MULA SEM CABEÇA


 

Baco está outorgando o honorável título de MULA SEM CABEÇA

A partir de hoje será outorgado pelo Templo de Baco o título de MULA SEM CABEÇA para aqueles que fizerem algo de mal digno dos muares acéfalos.

27.6.06

 

Mula sem dinheiro.

Mula-sem-cabeça é uma lenda do folclore brasileiro.
A mulher que fez algum mal se transforma em mula-sem-cabeça, como castigo, na noite de quinta para sexta-feira. No passado, diziam que "mulher que namorasse padre" tinha esse destino. Sair pelos campos soltando fogo pelas ventas e relinchando. Seu encanto, segundo a lenda, somente será quebrado se alguém conseguir tirar o freio de ferro que carrega na cabeça. Em seu lugar, aparecerá uma mulher arrependida.






Decreto estabelece punição severa para poluidores em Minas

Multa pode chegar a R$ 50 milhões para quem for pego em flagrante de agressão à natureza
(Cristiana Andrade/Estado de Minas) Degradar o meio ambiente em Minas Gerais vai pesar mais no bolso de quem for autuado em flagrante. Indústrias e atividades com potencial poluidor, produtores rurais e pessoas físicas pegas cometendo atos contra a natureza ou animais estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 50 a R$ 50 milhões, levando em consideração se o dano for leve, grave ou gravíssimo e, em casos mais extremos, se a degradação ambiental pôr em risco a saúde da população, recursos econômicos e ambientais. A nova legislação está em vigor desde o dia 6, quando foi publicado, no Minas Gerais, o Decreto 44.309, que regulamenta a Lei Estadual 15.972/2005 e alterou a 7.772/1980. Esta semana, cerca de 400 servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) e policiais militares começam a ter treinamento intenso sobre a nova forma de fiscalizar e aplicar multas no estado. O decreto, assinado pelo governador Aécio Neves, classifica as infrações às leis de proteção ao meio ambiente e recursos hídricos, estabelece normas para processos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades e critérios para licenciamento e autorização ambientais no estado. Até então, R$ 70 mil era o maior valor de multas aplicadas por órgãos ambientais mineiros – Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). Além do valor irrisório, se forem levados em conta os últimos acidentes ambientais no estado, que atingiram rios, solo e comunidades rurais, o processo era lento e burocrático. Muitas multas caducaram, devido à burocracia. Fiscal A a regulamentação muda a forma de penalizar quem infringe a lei: agora, o fiscal pode multar no ato do flagrante e, dependendo da gravidade do dano, embargar a atividade. Antes, o infrator recebia o auto de infração e podia recorrer antes de a multa ser julgada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). A Polícia Militar de Meio Ambiente, que antes autuava só na esfera do IEF, passa a agir também nos crimes ambientais das agendas marrom (indústria e mineração) e azul (outorgas de água), desde que a infração não seja superior a R$ 100 mil. “O decreto reforça o sistema de meio ambiente e a fiscalização em Minas. Para exercer poder de polícia, o fiscal deverá ter requisitos e será credenciado. Haverá também treinamento para os servidores e todos já receberam um guia explicativo e detalhado para a aplicação do decreto”, explica o advogado e diretor de Normas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Augusto Henrique Lio Horta. O formulário do auto de infração passa a ser único para os três órgãos do sistema estadual de meio ambiente e outra novidade é a denúncia espontânea. Se aquele que está em desacordo com a lei – sem licenciamento ambiental – pedir licenciamento corretivo ou autorização ambiental, espontaneamente, mostrando a viabilidade de sua atividade, poderá tornar-se legal. “É uma forma de incentivar quem está ilegal a vir para a legalidade. Mas se for constatado dano ambiental provocado por sua atividade, haverá punição”, diz Augusto Horta. As multas antigas e processos anteriores à nova legislação vão continuar seguindo as regras antigas, até serem encerrados. De acordo com o artigo 51 do novo decreto, as multas poderão ser parceladas em até 60 vezes. Há uma série de critérios para o infrator que se encaixar no parcelamento. O mais importante deles é ter licença ou autorização ambiental. A Lei 15.972 está disponível no endereço: www.semad.mg.gov.br/legislacao.asp

26.6.06

 

A Santa, o Cardeal e o Bispo


Bela foto no 2º ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE NHA CHICA

25.6.06

 

Impacto no Parque Serra do Papagaio, Baependi, MG.

mula sem cabeça com bromélia



queimada










Impressionante a falta de consciência das pessoas quanto à preservação da natureza. Vejam acima as fotos do material recolhido em uma única tarde no morro do Chapéu, área do PESP - Parque Estadual Serra do Papagaio, Baependi, MG, acima de 2.000 m de altitude, pelos voluntários Juliano, Pedro e Bruno sábado próximo passado, além da subtração de bromélia típica da região e de queimada a céu aberto, causando grande impacto ao meio ambiente. Estaremos sempre alertas e denunciando. Por favor, divulguem.

21.6.06

 

Chico Buarque: lucidez e coerência

A cada uma de suas entrevistas, o compositor e cantor Chico Buarque de Holanda sempre surpreende por sua lucidez e enorme coerência. Agora, no lançamento do seu novo CD, Carioca, ele novamente brilhou ao falar sobre a situação política brasileira. A direita deve ter ficado furiosa, com saudades dos tempos da ditadura militar que o perseguiu e censurou; a esquerda "rancorosa" deve ter ficado ressentida com seus irônicos comentários; já os setores da sociedade que, mesmo críticos das limitações do governo Lula, não perderam a perspectiva, ganharam novo impulso criativo para a sua atuação. Mas é melhor deixar o poeta falar, pinçando trechos das suas entrevistas na revista Carta Capital e no jornal Folha de S.Paulo:
Sobre a crise política:
É claro que esse escândalo abalou o governo, abalou quem votou no Lula, abalou sobretudo o PT. Para o partido, esse escândalo é desastroso. O outro lado da moeda é que disso tudo pode surgir um partido mais correto, menos arrogante. No fundo, sempre existiu no PT a idéia de que você ou é petista ou é um calhorda. Um pouco como o PSDB acha que você ou é tucano ou é burro (risos).
Agora, a crítica que se faz ao PT erra a mão. Não só ao PT, mas principalmente ao Lula. Quando a oposição vem dizer que se trata do governo mais corrupto da história do Brasil é preciso dizer 'espera aí'. Quando aquele senador tucano canastrão diz que vai bater no Lula, dar porrada, quando chamam o Lula de vagabundo, de ignorante - aí estão errando muito a mão. Governo mais corrupto da história? Onde está o corruptômetro? É preciso investigar as coisas, sim. Tem que punir, sim. Mas vamos entender melhor as coisas. A gente sabe que a corrupção no Brasil está em toda parte. E vem agora esse pessoal do PFL, justamente ele, fazer cara de ofendido, de indignado. Não vão me comover...
Preconceito de classe.
O preconceito de classe contra o Lula continua existindo - e em graus até mais elevados. A maneira como ele é insultado eu nunca vi igual. Acaba inclusive sendo contraproducente para quem agride, porque o sujeito mais humilde ouve e pensa: 'Que história é essa de burro!? De ignorante!? De imbecil!?'. Não me lembro de ninguém falar coisas assim antes, nem com o Collor. Vagabundo! Ladrão! Assassino! - até assassino eu já ouvi. Fizeram o diabo para impedir que o Lula fosse presidente. Inventaram plebiscito, mudaram a duração do mandato, criaram a reeleição. Finalmente, como se fosse uma concessão, deixaram Lula assumir. 'Agora sai já daí, vagabundo!'. É como se estivessem despachando um empregado a quem se permitiu o luxo de ocupar a Casa Grande. 'Agora volta pra senzala!'. Eu não gostaria que fosse assim.
Eu voto no Lula!
A economia não vai mudar se o presidente for um tucano. A coisa está tão atada que honestamente não vejo muita diferença entre um próximo governo Lula e um governo da oposição. Mas o país deu um passo importante elegendo Lula. Considero deseducativo o discurso em voga: 'Tão cedo esses caras não voltam, eles não sabem fazer, não são preparados, não são poliglotas'. Acho tudo isso muito grave.
Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? Não vou. Acredito que, apesar de a economia estar atada como está, ainda há uma margem para investir no social que o Lula tem mais condições de atender. Vai ficar devendo, claro. Já está devendo. Precisa ser cobrado. Ele dizia isso: 'Quero ser cobrado, vocês precisam me cobrar, não quero ficar lá cercado de puxa-sacos'. Ouvi isso dele na última vez que o vi, antes dele tomar posse, num encontro aqui no Rio.
Sobre o PSOL.
Percebo nesses grupos um rancor que é próprio dos ex: ex-petista, ex-comunista, ex-tudo. Não gosto disso, dessa gente que está muito próxima do fanatismo, que parece pertencer a uma tribo e que quando rompe sai cuspindo fogo. Eleitoralmente, se eles crescerem, vão crescer para cima do PT e eventualmente ajudar o adversário do Lula.
Papel da mídia.
Não acho que a mídia tenha inventado a crise. Mas a mídia ecoa muito mais o mensalão do que fazia com aquelas histórias do Fernando Henrique, a compra de votos, as privatizações. O Fernando Henrique sempre teve uma defesa sólida na mídia, colunistas chapa-branca dispostos a defendê-lo a todo custo. O Lula não tem. Pelo contrário, é concurso de porrada para ver quem bate mais.
Altamiro Borges é Secretário de Comunicação, membro do Comitê central do Partido Comunista do Brasil

 

VISÃO LUSITANA


Pra que olhos tão grandes se eles nada vêem adiante? Só olham para dentro!

20.6.06

 

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

evolver
é volver
a viver
evoluir

 
CÃO SEM DONO














neo lara

 

Tinho vive!


O Tinho faz parte de meus quarenta e seis anos de existência.
Uma referência infantil que atravessou todos esses anos entre picolés de tangerina, jogo de vida em sua saudosa sinuca circundada de desocupados, vodka com sorvete, doce de leite fresquinho, água mineral de garrafa escura, surdez de conveniência que ouvia em ensaios e mais ensaios de sax, sozinho em seu mundo que nunca fecha.
Enfim, lembranças que levarei comigo até encontrá-lo outra vez porque domingo ele se foi.
Abração, pernaiada.

18.6.06

 
Família

 

Beatificação de Nhá Chica na Imprensa

Fiéis de MG esperam agora beatificação de Nhá Chica


09:03


Reconhecimento de Padre Eustáquio como beato, pelo Vaticano, reforça confiança de moradores do Sul de Minas na confirmação do milagre atribuído à filha de escrava que viveu no século 19


(Gustavo Werneck/Estado de Minas)



Entusiasmados com a beatificação de Padre Eustáquio (1890-1943), celebrada, quinta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, os católicos de Baependi e de outros municípios do Sul de Minas e do Vale do Paraíba (RJ e SP) esperam o mesmo reconhecimento do Vaticano para Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica (1810-1895). A expectativa é de que, até 2007, o Papa Bento XVI conceda a mesma honra à filha de escrava, mulher de grande fé e clarividência, para as comemorações do centenário da diocese de Campanha, à qual pertence Baependi, onde ela foi sepultada. “Será a primeira leiga brasileira beatificada”, disse, sexta-feira, a secretária da comissão histórica de beatificação, Maria do Carmo Nicoliello.

A confiança dos moradores aumentou com a declaração do cardeal dom José Saraiva Martins, representante de Bento XVI e prefeito da Congregação das Causas dos Santos, de que o processo de beatificação está adiantado. Representante do Sumo Pontífice na solenidade do Mineirão, ele contou que conhece a história da vida dela, embora não saiba de prazos para a conclusão das investigações e posterior autorização papal.

Esta semana, estão sendo lembrados os 111 anos de morte de Nhá Chica, com estudos, romaria e missa campal amanhã, às 9h, no Centro de Baependi.

O processo canônico foi aberto em 1993 e já teve o milagre reconhecido pelas autoridades eclesiásticas em Roma. Trata-se da cura de uma mulher, hoje na faixa dos 60 anos, moradora de Caxambu, município vizinho, que sofria de um grave problema congênito no coração. Consultados, os médicos indicaram a operação urgente, mas a cirurgia, marcada para São Paulo (SP) foi adiada, devido a uma febre. Com muita devoção, ela rezou a oração de Nhá Chica e pediu aos amigos que fizessem uma corrente de fé. Seis meses depois dos primeiros exames, ela retornou ao médico que fizera os testes iniciais, em Belo Horizonte. Surpreso, ele disse que a “cirurgia” já havia sido feita, para completo alívio da paciente.

Maria do Carmo explica que o milagre para reconhecimento da santidade já foi admitido pelo Vaticano, faltando agora a decisão final. Também satisfeita, Anália Vilas Boas Sales Moreira, que atuou na causa de beatificação e prevê “mais trabalho pela frente”, diz que toda a documentação já foi enviada a Roma. O postulador atual da causa é padre Paulo Lombardo e a vice, a irmã Célia Candorin, que desempenhou a mesma função na beatificação de Irmã Paulina, a primeira santa do Brasil.

16.6.06

 

2º ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE NHA CHICA


MULHER DE DEUS E DO POVO NO CONTEXTO DA HISTÓRIA

Baependi, maio de 2006

Prezado(a) Senhor(a)

A Associação Beneficente Nhá Chica realizará nos dias
16 e 17 de junho de 2006 o 2º Encontro de Estudos
sobre Nhá Chica, a fim de dar prosseguimento aos
trabalhos já desenvolvidos e como preparação para
a Beatificação da Santa de Baependi.

O evento contará com a participação de conferencistas
de destaque e com a presença dos Excelentíssimos e
Reverendíssimos Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, Bispo da Diocese da Campanha e de Dom Serafim Cardeal Fernandes de Araújo, Presidente de Honra do 2º Encontro.

O Encontro está inserido na Comemoração dos 111 anos
do falecimento da Serva de Deus.

Na expectativa da sua participação, rogamos seja o
2º Encontro divulgado no seu convívio social e familiar.


::: PROGRAMAÇÃO :::

LOCAL: ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE NHÁ CHICA

>>16 DE JUNHO/ SEXTA-FEIRA

17:00h - 18:00h - Inscrições e Entrega de Pastas e Crachás
18:00h - 18:30h - Celebração Mariana - Santuário de Nossa
Senhora da Conceição
18:30h - 19:00h - Intervalo para café
19:00h - 19:30h - Instalação do 2° Encontro de Estudos
sobre Nhá Chica

Dr. José Nicoliello Viotti - Coordenador do 2º Encontro
Irmã Cristina Alves Ribeiro - Madre Regional da Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor
Pe. Afonso Henrique Alves da Silva - Pároco de
Baependi / MG
Dom Frei Diamantino Prata de carvalho - Bispo da
Diocese da Campanha / MG
19:30 - 19:45h - Sessão Solene - Homenagem ao Presidente
de Honra do 2° Encontro, Dom Serafim Cardeal Fernandes
de Araújo
19:45 - 20:45 - PRIMEIRA CONFERÊNCIA

UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA POLÍTICA, ECONÔMICA, SOCIAL E RELIGIOSA DO BRASIL, MINAS GERAIS E
BAEPENDI NO SÉCULO XIX

Presidente da Mesa: Ricardo Nicoliello Pinho - Diretor da
Universidade Pres. Antônio Carlos UNIPAC - Baependi / MG

CONFERENCISTAS:


Prof. João Maurício Heliodoro dos Santos
Universidade Pres. Antônio Carlos UNIPAC
Baependi / MG

Maria José Turri Nicoliello - Pesquisadora
Presidente da Comissão Histórica de Beatificação de Nhá Chica

20:45h - Encerramento - Oração da Noite


>>17 DE JUNHO/ SÁBADO

08:00h - 08:15h - Inscrições e Entrega de Pastas e Crachás
08:15h - 08:30h - Oração da Manhã - Santuário de Nossa
Senhora da Conceição
08:30h - 09:00h - Intervalo para café
09:00h - 10:00h - SEGUNDA CONFERÊNCIA

A HISTÓRIA DA IGREJA E A ESCRAVIDÃO NEGRA NA
CONJUNTURA RELIGIOSA E POLÍTICO - ECONÔMICA DO
SÉCULO XVI AO SÉCULO XX

Presidente da Mesa: Dom Diamantino Prata de Carvalho
Bispo Diocesano da Campanha / MG

CONFERENCISTA:

Dom Serafim Cardeal Fernandes de Araújo

10:00h - 11:00h - TERCEIRA CONFERÊNCIA

A QUESTÃO SOCIAL DA ESCRAVIDÃO NEGRA NO SÉCULO XIX: QUILOMBOS, AS FESTAS, A CULTURA NEGRA E AS NOVAS RELAÇÕES E INFLUÊNCIAS NOS DIAS ATUAIS

Presidente da Mesa: Pe. Afonso Henrique Alves da Silva
Pároco de Baependi / MG

CONFERENCISTA:

Pe. Guanair da Silva Santos
Presidente do Instituto Mariama / IMA

11:00h - 13:00h - Intervalo
13:00h - 14:00h - QUARTA CONFERÊNCIA

OS MOVIMENTOS RELIGIOSOS: BEATOS E BEATAS DO SÉCULO XIX. NHÁ CHICA - UMA LEIGA EXTRAORDINÁRIA
NO COMPROMISSO COM OS EXCLUÍDOS

Presidente da Mesa: Maria do Carmo Nicoliello Pinho
Secretária da Comissão Histórica de Beatificação

CONFERENCISTA:

Pe. José Roberto Nogueira Pereira - Paróquia de Cristina / MG
Secretário da Comissão Histórica de Beatificação

14:00h - 15:00h - QUINTA CONFERÊNCIA

NHÁ CHICA - VIDA E TRANSCENDÊNCIA

Presidente da Mesa: Irmã Carmem Polo
Diretora do Colégio Franciscano Santo Inácio - Baependi / MG

CONFERENCISTA:

Prof. Plínio Fernandes Toledo Pereira
Colégio Franciscano Santo Inácio - Baependi / MG

15:00h - 16:00h - Sessão de Perguntas e Respostas -
participação do plenário / Moderador: Dr. José Nicoliello Viotti
17:00h - Encerramento
Celebração Eucarística Afro-Brasileira
( celebrante: Pe. Ilídio Coelho - Pastoral do Negro
Paróquia de Três Pontas / MG )

Participação do Grupo de Cultura Afro-Brasileira de Três Pontas / MG e do Coral Montserrat de Baependi / MG

Momento Folclórico: Apresentação do Grupo de Capoeira de
Três Pontas / MG

REALIZAÇÃO:
Associção Beneficente Nhá Chica

ORGANIZAÇÃO:
Associação Beneficente Nhá Chica, Comissão Histórica
de Beatificação, Equipe de Liturgia do Santuário e voluntários.

COORDENAÇÃO:
Dr. José Nicoliello Viotti
e-mail: jnviotti@netsulminas.com.br

VISITE O SITE OFICIAL DE NHÁ CHICA
http://www.nhachica.org.br

15.6.06

 

Anjo Afrodite

A Deus
provinciana Terra
navegar é preciso
viver não é preciso

...e agora
a efêmera fêmea
em sua jornada serena
derrama sensualidade
sobre a Via Láctea

Pequena Vênus
cósmica cigana
de brilho gigante
seduz celestial amante
ofusca sem pena
os que a levaram
nessa aventura
longe da Gávea

É seu o céu
voa sua compulsória vocação
pela imensidão da eternidade
conserva sua infinita ousadia
espanta, bonita, a covardia
faz disso
o paraíso

Aqui,
o mar chora
saudade, outrora
forte afoga
a inveja de Zeus.

 

Clique aqui e veja raia Jamanta socorrida por membros do Instituto Laje Viva


Vejam o video da raia de três metros de envergadura ferida por rede de pesca lançada inescrupulosa e criminalmente por pescadores no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. Mergulhadores libertaram-na após surpreendente conivência pacífica do animal.

10.6.06

 

filho da mãe

A puta morre de ciúmes do filho.
E o filho, da puta.

 
-Ossana nas alturas -
Baependi, MG, BRASIL

 

Trilha no Charco - Baependi, MG, BRASIL

5.6.06

 

Dia seguinte


Cigarro
Bebida
Pouco sono
Pouca comida
Dor
De cabeça
À beça

 

O PESP na imprensa

Parque Estadual da Serra do Papagaio preocupa parlamentares mineiros
17:24

(Portal Uai)

Os riscos provocados pelo desmatamento, o assoreamento dos rios e as construções irregulares que vêm sendo erguidas no Parque Estadual da Serra do Papagaio, na Serra da Mantiqueira, no Sul do estado, foram debatidos, nesta quarta-feira, pela Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião teve como principal objetivo apurar as denúncias de degradação ambiental na reserva, criada em 1998, pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O Parque abrange os municípios de Aiuruoca, Alagoa, Pouso Alto, Itamonte e Baependi. De acordo com o presidente da Associação de Proteção e Educação Ambiental do Vale da Serra dos Garcias, Valmor Amorim, a área tem sofrido com as construções irregulares de estradas e pontes, além da devastação das matas, que atinge espécies florestais como a candeia, árvore que vem sendo extraída de maneira indiscriminada por empreendedores que atuam na região. Ele denunciou, ainda, o loteamento irregular de áreas, para fins de venda, e a ocupação desordenada no Parque. “Seria extremamente importante que os parlamentares fossem até lá, conhecer pessoalmente a situação”, ressaltou. Os deputados e representantes de associações e órgãos convidados à participar do encontro definiram que a primeira medida a ser tomada é a realização de um estudo sobre a demarcação e desapropriação nas áreas do Parque. De acordo com a assessoria da ALMG, durante a reunião, o DER/MG prometeu que cerca de 0,5% dos recursos a serem utilizados nas obras de duplicação do trecho da rodovia BR-381, na mesma região, será repassado para que o IEF possa dar início aos estudos. Um dos pontos levantados pela coordenadora do Grupo de Estudos em Temáticas da UFMG, Andrea Zhouri, é que os membros do Conselho de Política Ambiental (Copam) não levam em consideração os relatórios de técnicos do Ibama, Feam e IEF sobre a inviabilidade de construções de usinas hidrelétricas, aprovando projetos de licenciamento ambiental segundo “critérios políticos”. Ao final, foram aprovados 18 requerimentos para a realização de audiências públicas para discutir o tema. Participaram da reunião os deputados Laudelino Augusto (PT), Doutor Ronaldo (PDT) e Paulo Piau (PPS).


4.6.06

 

RIMA


3.6.06

 

Imensidão verde


Sempre me encontro se me perco no campo. Da paz tão segura me atiro ao chão entre fendas férteis sem abrigo. Muda boca muda louca fala comigo. Emana som e se apraz do medo que da inércia se faz. Por surdo que seja e não queira escutar passa amor seguro, de passado recente, que morre a cada instante em martírio indecente.

 

PESP - Parque Estadual Serra do Papagaio


PESP – PARQUE ESTADUAL SERRA DO PAPAGAIO

COMEÇA A BROTAR O QUE FOI GERMINADO


Carlos Alberto Motta Lara (Neo)




Realizou-se dia 31 de maio passado, na Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, sob a presidência do próprio requerente, Deputado Laudelino Augusto / PT, presentes o vice-presidente Dep. Dr. Ronaldo (PDT) e o Dep. Paulo Piau (PPS), audiência pública com a finalidade de conhecer e apurar denúncias de degradação ambiental no Parque Estadual da Serra do Papagaio.
Para tal foram convidados José Carlos Carvalho, Secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Ilmar Bastos Santos, Presidente da Feam; Humberto Candeias Cavalcanti, Diretor-Geral do IEF; Roberto Messias Franco, Superintendente do Ibama em Minas Gerais; Valmor Amorim, Presidente da Associação de Proteção e Educação Ambiental do Vale da Serra dos Garcias; Norberto Santana Sayão, Membro da Associação dos Moradores e Amigos do Alto Gamarra – Amagama, Andréa Zhouri, do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG.
A AMAGAMA – Associação dos Moradores e Amigos do Alto Gamarra, AMANHÁGUA – Organização Mineira para Preservação da Água, da Natureza e da Vida, GEA – Grupo Ecológico da Aiuruoca, FUNBEC – Fundação Baependiana de Educação, Ecologia e Cultura, ANAVE – Associação dos Amigos da Nascente do Rio Verde, AGIPROTUR – Associação dos Guias e Profissionais do Turismo de São Tomé das Letras e AMPARA – Sociedade dos Amigos do Parque das Águas de Caxambu, preocupados com as depredações do patrimônio público do Parque Estadual da Serra do Papagaio, requereram à Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais que se convocasse audiência pública a fim de se divulgar e esclarecer a gravidade da situação.
No final dos anos 80, a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM desenvolveu o projeto de criação do Parque Estadual do Papagaio nos municípios de Aiuruoca, Baependi, Alagoa, Pouso Alto e Itamonte localizado nas abas da Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais.
Desde o inicio, os estudos foram apoiados pela comunidade local, prefeituras e ONG’s ambientalistas nacionais e internacionais movidos pela preocupação com o processo de desmatamento acelerado dos remanescentes florestais e a ameaça constante de degradação dos mananciais pelo garimpo de ouro.
As nascentes inseridas nas áreas da reserva dão origem aos principais rios formadores da bacia do rio Grande, que abastece cerca de 400.000 ha., incluídos diversos municípios da região, em especial Baependi e Caxambu.
O foco do projeto foi a garantia da preservação ambiental sem prejuízo à atividade econômica local.
Localizado nas serras do Garrafão e do Papagaio, o parque tem 50% de sua área compostos por declives, altitude média acima de 1.800m e integra a APA Serra da Mantiqueira no Corredor Ecológico da Mantiqueira (Mantiqueira II). Somente 3% de sua área, entretanto, encontram-se regularizados e desapropriados. Representa a possibilidade de resgate e preservação do que resta da Mata Atlântica no estado de Minas Gerais.
Diante do crescimento desordenado do turismo na região, urgem providências para regulamentá-lo no interesse da conservação dos berços dos mananciais para que se preservem os recursos hídricos e o ecossistema local, habitat natural de espécies endêmicas da flora e fauna ameaçadas de extinção.
Pleiteia-se, outrossim, urgentes mudanças no processo de interação do homem com a natureza para que se possa harmonizar sua relação produtiva com o meio onde vive. Novos padrões de desenvolvimento auto-sustentável devem ser observados sob pena de se ter perdida, além da razão de ser e os objetivos do parque, a própria vida no campo.
Levou-se ao conhecimento da Comissão a ocorrência de construções irregulares autuadas e não estancadas, aberturas de estradas ilegais que facilitam acesso e, consequentemente, novas construções em área de preservação permanente. Outra coisa não favorecem essas vias, senão o incentivo a novos loteamentos especulativos irregulares.
A exploração da candeia, com aval da Universidade Federal de Lavras, no entorno do parque também foi abordada. Segundo o Manifesto das entidades que integram o PESP, “estão em andamento projetos de manejo e aproveitamento econômico das árvores de candeia nativa em seu ecossistema natural, no domínio da Mata Atlântica, para a extração de óleo utilizado pela indústria internacional de cosméticos. Embora tais projetos tenham como justificativa o “manejo sustentável”, há muitos questionamentos em relação ao modo como esta exploração vem se dando na região, a fiscalização e acompanhamento da atividade, o controle do corte das árvores e a capacidade de regeneração e sustentabilidade ambiental”.
Ainda segundo o manifesto, os estudos de impacto ambiental apresentados pela UFLA são insipientes, vez que muitos dos planos aprovados são executados no entorno do Parque, junto aos seus limites e em áreas de preservação permanente (APP) dentro da Unidade de Conservação APA Serra da Mantiqueira.
Foram pedidos, pelos motivos arrolados acima e por violarem o preceito legal do Decreto Federal nº. 750 de 1993 em seus art. 2º, I e art. 4º, evocando o princípio da precaução para proteger o patrimônio nacional, a suspensão temporária dos projetos em andamento na região do entorno do parque até que seja realizado um amplo Fórum para debate da questão, assim como novos estudos realizados por outras entidades de pesquisa.
Misteriosa supressão de área (Fundação Matutu) do traçado original do PESP, divulgada pelo representante do IEF por ocasião das reuniões para formação do conselho consultivo, também foi abordada. Teria ocorrido quando da transformação de Estação Ecológica do Papagaio em Parque Estadual Serra do Papagaio através de decreto de 1998. O instrumento correto para tal transformação seria “lei” e não “decreto”, o que alicerçou o pedido de esclarecimentos quanto à transformação de área de uso público em área privada. O representante atual do IEF não soube responder, mas se prontificou em fazê-lo posteriormente sob força de ofício da Comissão.
A preocupação geral sobre a retomada do polêmico projeto de construção da PCH (Pequena Central Elétrica) no rio Aiuruoca com capacidade de 16 mW em área de amortecimento de uma APP da APA Mantiqueira e do Corredor Ecológico da Mantiqueira fez-se presente diante do possível impacto nocivo que ocasionaria no ecossistema da região e na população local.
Alegam os signatários do manifesto que, “do ponto de vista da geração de emprego, pode-se admitir eventuais contratações temporárias na época da construção, mas o afluxo de trabalhadores forasteiros para a obra pode causar desajustes sociais profundos na vida da cidade. Na fase de operação, além do reduzido número de empregados, a qualificação exigida dificilmente incluirá a população local. Afirmam que, além de afetar o bioma local impedindo o deslocamento de animais por diversas unidades de conservação da Mata Atlântica, a PCH pode se transformar em grande fator de erosão das margens do rio Aiuruoca destruindo a vegetação ciliar remanescente e de ameaça à saúde pública, vez que o município não conta com redes ou estações de tratamento de esgoto, jogando os dejetos das residências e das galerias pluviais diretamente no rio e seus afluentes. A intermitência de sua vazão ocasionará diminuição de oxigenação e, por conseqüência, mau cheiro e risco de proliferação de doenças infecto-contagiosas e endêmicas”.
As entidades que integram o PESP solicitaram à Comissão que se posicione junto aos órgãos estaduais contrariamente à construção da PCH de Aiuruoca, concessão originalmente obtida pela Eletroriver, empresa que integra o Grupo Opportunity, do polêmico banqueiro Daniel Dantas.
Diante de todas essas denúncias devidamente documentadas, a Comissão de Meio Ambiente e Recurso Naturais achou por bem oficiar ao Secretário de Estado do Meio Ambiente e ao Procurador-Geral de Justiça solicitando, ao primeiro, informações, e ao segundo, a análise dos procedimentos adotados pelo Estado para a concessão do licenciamento ambiental corretivo; ao DER solicitando informações circunstanciadas sobre as medidas compensatórias relacionadas à duplicação da BR-381; ao Secretário de Estado do Meio Ambiente solicitando as seguintes informações: se houve redução efetiva de área quando da transformação da unidade de conservação "Estação Ecológica da Serra do Papagaio" para "Parque Estadual", e quais as razões de se ter optado pela modificação do status e redução da área protegida por meio de decreto e não por lei; realizar audiência pública para debater a exploração indiscriminada e predatória da candeia no sul de Minas Gerais, e apresentar emenda à LDO prevendo recursos no orçamento de 2007 para efetivar a regularização fundiária das unidades de conservação.
Convidados: Dúlio Sepúlveda, Diretor de Estudos e Projetos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Célio Murilo de Carvalho Valle, Diretor de Pesca e Biodiversidade do IEF; Valmor Amorim, Presidente da Associação de Proteção e Educação Ambiental do Vale da Serra dos Garcias; Norberto Santana Sayão, Membro da Associação dos Moradores e Amigos do Alto Gamarra - Amagama -; Andréa Zhouri, Coordenadora do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais - Gesta - da UFMG e Fábio Pedalino Costa, da Associação de Moradores do Vale do Gamarra.
Mas nem tudo são polêmica e conflito. As obras na sede do parque já começaram e estão a pleno vapor (fotos). Ali se estabelecerão a sede, dormitórios para funcionários e laboratórios de pesquisa. Para isso foram determinados R$ 560.000,00 (quinhentos e sessenta mil reais).
O representante do DER (provedor do parque por força das medidas compensatórias relacionadas à duplicação da BR-381), presente na audiência, afirmou estar esperando somente autorização para providenciar a demarcação do mesmo assim como executar as desapropriações referentes à questão fundiária na região. A verba do convênio, R$ 4.100.000,00 (quatro milhões e cem mim reais), será aplicada nisso (georreferenciamento, logística de campo e suporte para ação extra proprietária). Nesse sentido já foi publicado edital de licitação nº. 059/2006, publicado no Minas em 20/04/2006.
Ainda este ano, segundo o cronograma de atividades do DER, teremos a regularização fundiária das áreas prioritárias para instalação das infra-estruturas do PESP: Alto do Vale dos Garcias e Serra da Canjica.
Dia 26/04/06 foi publicado pelo Governador Aécio Neves, o Decreto que "Declara de utilidade pública e interesse social para fins de desapropriação de pleno domínio áreas de terrenos e benfeitorias necessárias à implantação do PE Serra do Papagaio".
O Parque Estadual Serra do Papagaio começa a sair do papel.
Ele é de todos nós.

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